segunda-feira, 25 de maio de 2009

Capítulo 6 - Lembranças

Quando Helena chegou em casa não tinha ninguém, a mãe havia deixado o almoço na panela e um bilhete “Fui Ao Cabeleireiro”. Helena se serviu de um pouco de tudo, arroz, feijão e almôndegas, sentou-se e começou a comer pensando no que tinha acontecido no seu primeiro dia de aula e notou que passou a maior parte do tempo pensando no namorado e na nova amiga que adquirira mesmo sem querer. Começou a notar que tudo que havia feito tinha alguma relação ou com Bruno ou com Elisa.
Helena lavou a louça, foi tomar banho e se sentou na frente do computador, ligou a música e foi procurar alguma coisa na Internet. Achou um blog e começou a ler, os textos eram intensos, diretos, textos realmente interessantes. Helena resolver ver sobre a autora, se chamava Gina, morava na cidade, tinha quinze anos e era linda. Havia um link no perfil da garota quedava numa pagina de relacionamentos.
Helena a adicionou e logo foi aceita, Gina começou a puxar assunto, falando sobre livros e música, passaram, um bom tempo conversando. Enquanto isso, Helena as fotos da menina, que tinha os cabelos compridos com franja, preto com a metade de baixo tingida de roxo. Tinha os olhos castanhos e era bem branquinha, parecia uma boneca de tão perfeitinha.
As duas estavam conversando quando Helena ouviu o barulho da porta, era sua mãe, que entrou com compras. Helena ficou olhando as sacolas com uma cara de interrogação, então Silvia disse que aproveitou para passar no mercado já que estava de folga e tinha saído.
Helena se despediu de Gina, que disse para marcarem, de se encontrar um dia, e foi ajudar a mãe.
Silvia era uma mulher muito bonita e conservada para a idade, aparentava menos do que seu quarenta anos de idade. Estava com os cabelos levemente castanhos e cortados bem curtinhos. Era uma mulher alta, elegante e muito inteligente, era formada em Direito e trabalhava em um escritório de advocacia, mas ainda tinha alguns dias de férias pela frente.
As duas começaram a conversar sobre a escola e Silvia ficou chocada com o que a filha tinha feito, mas não deu nenhum sermão, só disse que não queria ser chamada na escola por coisas assim e riu.
Pouco depois, Sofia chegou com o pai, na hora, Helena largou as coisas e saiu da cozinha, afinal, ainda não aguentava olhar para a cara da irmã, Ela subiu para o quarto e ficou lá até a hora do jantar.
Na verdade, Helena não sabia porque não conseguia olhar para Sofia, se era por causa do que a irmã tinha feito a ela ou por causa das cicatrizes que ela tinha. Embora não se arrependesse do que tinha feito, não aguentava ficar olhando para a irmã, não aguentava a lembrança daquele dia.

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