quarta-feira, 22 de abril de 2009

Capítulo 5 - Orgulho

Depois da aula, Helena foi até a sala da diretora, como ela havia pedido, estava curiosa para saber o que ela diria.
Quando entrou na sala, estavam a diretora e o psicólogo da escola sentados, e quando perceberam, a olharam com expressões que misturavam pena e apreensão. A diretora pediu para que Helena se sentasse e disse que o psicólogo a ajudaria a se entender, Helena apenas ouviu o que a diretora disse fingindo completo interesse.
Depois dela terminar, o psicólogo começou a falar sobre o que ela tinha feito e fez perguntas, que ela respondeu apenas balançando a cabeça.
Helena passou meia hora naquela cadeira dando explicações a um homem que nunca tinha visto. Só conseguiu sair depois de mentir dizendo que tinha curso, afinal estava de dar satisfações sobre o namorado e os motivos que ela teve pra mordê-lo.
Quando saiu pelo portão da secretaria, deu de cara com Thaís, que a encarou. Helena ficou assustada, afinal não esperava que ela estivesse lá!
As duas se olharam sérias, sem demonstrar qualquer emoção. Thaís resolveu quebrar o silêncio e começou a falar sobre o que ocorrera mais cena no banheiro e pediu desculpas, e então perguntou sobre Elisa, quem era, dês de quando a conhece e etc, com uma ar descontraído, mas Helena não achou a menor graça e se manteve seria diante da menina que falava e ria sozinha, mas que não fizeram o menor músculo do rosto de Helena se mover. Thaís, notando que não estava funcionando, ficou seria novamente, então Helena lhe disse que se fosse para pedir desculpas, era melhor não ter dado escândalo e disse que Elisa era uma amiga muito querida, no maior exagero, e que não devia mais satisfações, então se virou e saiu em direção ao ponto de ônibus. Thaís ficou ali, com cara de nada olhando a outra partir, sem fazer nada. Helena ficou pensando no que o psicólogo havia dito e no que ela própria tinha dito a amiga. Nesta hora sentiu vontade de voltar para se desculpar com Thaís, mas não o fez, porque assim estaria sendo contraditória com o que disse e porque seu orgulho não deixava que ela o fizesse.

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