Capitulo 3 - Um Abraço

Enquanto seguia a inspetora em direção a sala da diretora, olhava na direção de Bruno de canto com um certo ar de ternura, mas sem perder a expressão dura. Helena na notou uma marca de mordida na no lábio do namorado e se segurou para não rir.Quando entrou na sala da diretora, ela a olhou espantada, como se não estivesse acreditando quem estava a sua frente. Pediu para que se sentasse e perguntou o que havia acontecido, Helena lhe contou o que acontecera no pátio da escola. A diretora lhe perguntou o que tinha levado ela a fazer isto, Helena não respondeu, apenas disse que isso era assunto particular entre ela e o namorado, e quando disse isto, quem a olhou espantado foi Bruno, pelo fato de ela ainda se referir a ela como namorado. Então Helena se levantou, perguntou se era só isso e saiu. A diretora a chamou novamente, Helena olhou para trás esperando que a diretora dissesse alguma coisa, mas ela se levantou, foi em direção à garota, lhe abraçou e disse que a procurasse depois da aula. Helena apenas assentiu e saiu, mas ficou pensando porque aquela mulher tinha lhe abraçado com tanto carinho, como tinha feito. Estava chocada com isso, achou até engraçado, mas ficou com aquilo na cabeça enquanto voltava para a sala, chegou ao ponto de sentir pena de si mesma, o que foi muito estranho e ate perturbador, sentir pena, dó de si mesma.Quando chegou na sala, Helena olhou logo para Elisa, que também a olhava, então foi para seu lugar se sentar. Quando Elisa foi se virar para perguntar-lhe o que havia acontecido, Helena deu-lhe um abraço apertado e meio desajeitado por causa da mesa e, quando Elisa olhou-a espantada, pode notar que estava chorando por um motivo que nem a própria Helena sabia. Neste momento, a sala inteira se virou para ver aquela cena, até mesmo o professor que estava no meio da sua apresentação as olhou espantado. Elisa abraçou aquela menina que mal conhecia, com a mesma força e intensidade que também a fez chorar emocionada. Naquele momento era como se não houvesse mais ninguém naquela sala, somente as duas, ali no meio, abraçadas, emocionadas com sabe se lá o que.